Morto ou vivo com os sons graves e agudos

A regra da brincadeira do “morto ou vivo”, consiste em baixar-se ao ouvir a ordem do condutor da brincadeira dizendo “morto”, e levantar-se ao ouvir o mesmo dizendo “vivo”. Ao adaptá-la para as aulas de musicalização, podemos transferir essa ordem para os sons. Por exemplo: Utilizando algum instrumento, ao som grave os participantes devem abaixar (como se fosse a ordem do “morto”), e som agudo levanta-se (como se fosse a ordem do “vivo”). Nas minhas aulas de musicalização, eu usava a flauta doce, e as vezes o teclado. É claro que outros instrumentos podem ser utilizados, dependendo da sua realidade. Instrumentos de percussão como um surdo e uma caixa... em fim, tudo vai depender da criatividade de quem for conduzir a dinâmica.

Um observação importante é evitar inverter a ordem dos sons. Pois como a ideia é trabalhar a musicalidade na criança, a associação que ela vai fazer com os sons graves e agudos é interessante nesse momento. Ao abaixar-se, a associação que ela vai ter é que aquele som grave é mais baixo e vice-versa.

Essa brincadeira pode ser trabalhada a partir dos 3 anos de idade até aproximadamente 12 a13 anos.

Digo isso porque fiz essa brincadeira com minha turminha de 10/11 anos e eles também amaram.

Que som é esse?

Nessa dinâmica, pode-se vendar os olhos das crianças. Depois de fazê-lo, pegar alguns objetos que façam barulho, como por exemplo um molho de chave, um copo descartável, papel celofane, etc... Para essa dinâmica, três objetos já é suficiente. Pegue um objeto de cada vez, e ao apresentá-lo é importante que se diga, esse é o primeiro objeto e depois, esse é o segundo e assim por diante. Depois de apresentar os três objetos, desvendar os olhos das crianças, entregar uma folha e pedir que as crianças desenhem o objeto que elas acham ter ouvido. Quando as crianças terminarem de desenhar, quem estiver orientando a dinâmica, pode pedir que elas apresentem o que desenharam. Após a apresentação dos desenhos, revelar quais foram os objetos. Pode até fazer novamente o som dessa vez mostrando o objeto.

É importante que as crianças não vejam os objetos antes e nem depois de desvendarem os olhos, porque senão fica muito fácil acertar. É importante que elas se esforcem para lembrar que objeto pode ser esse. Essa dinâmica é legal, pois estimula a atenção da criança, a concentração, a memória (ao tentar trazer para sua memória o som daquele objeto), dentre outros. Essa dinâmica pode ser feita com turma de 4 a 6 anos de idade.

Teatro musical com fantoches e maquetes.

Essa dinâmica é muito legal para crianças que tenham de 6 meses até 3 anos de idade. Para desenvolvê-la é importante selecionar uma música que tenha uma história para poder escolher ou confeccionar os fantoches e até mesmo a maquete, como por exemplo, “A linda rosa juvenil”, “Era uma casa tão pequenina”, “O cravo brigou com a rosa”, etc...

Pode colocar a música num aparelho de som, e a medida que se ouve a música vamos fazendo a encenação com os fantoches relacionados com a história da música. Não vamos colocar um sapo na música “O cravo brigou com a rosa”, como personagem principal.

As crianças gostam muito, e por isso é bom fazer mais de uma vez seguida. O trabalho com as crianças, principalmente as mais novinhas, consiste na repetição. Depois, é legal deixar as próprias criança pegarem nos fantoches, encostarem a mão na maquete (sempre com atenção em caso de objetos pequenos). Depois com as próprias crianças segurando os fantoches, pode colocar novamente a música para elas reproduzirem o que viram/ouviram, ou até mesmo para que elas possam dar a própria interpretação para a música.

Interpretação musical.

Essa brincadeira é bem parecida com o teatro de fantoches, porém as próprias crianças serão os personagens. Se possível é interessante fazer algo para identificar o personagem da música escolhida para a dinâmica. Se for “A linda rosa juvenil”, pode-se levar uma coroa para a princesa e para o príncipe, um chapéu para a bruxa. Escolhido os personagens principais, é hora de organizar o restante das crianças. Por exemplo, o restante das crianças ficam em volta abaixadas e quando se cantar “o mato cresceu ao redor”, as crianças podem se levantar lentamente. Quando se cantar “o tempo passou a correr”, as palmas ficam aceleradas. Enfim, é só deixar a imaginação tomar conta.

Que instrumento é esse?

Levar alguns instrumentos para as crianças conhecerem é muito bom. Mesmo que seja um instrumento comum para nós, para as crianças é curioso, e dependendo da região/lugar/realidade, essa talvez seja uma das únicas oportunidades que essa criança terá de ver de perto e segurar um instrumento que para muitos pode ser comum como um violão.

Mostre o instrumento, pergunte quem sabe o nome, se alguém já viu, de onde ela conhece, etc. Com essas perguntas, você estará despertando na criança a curiosidade. Se possível deixe as crianças segurarem o instrumento, e até tentarem tirar um som dele. Depois em rodinha toque algumas músicas.